TL;DR: pequena TODO list sobre como instalar o Gentoo. Você vai passar 90% do seu tempo olhando para texto dando scroll na tela (processo demorado…).

Esse é o método mais tradicional possível (e que me interessa) que pude constatar. Adapte-o para as suas próprias necessidades:

  • Boote em um ambiente com o Arch (na verdade, você pode fazer isso a partir de qualquer distro decente).

  • Crie uma partição /, do tipo ext4, para acomodar a instalação do Gentoo. De preferência, coloque um label decente lá. Sugestões de ferramentas para isso: cfdisk ou gparted.

  • Monte essa partição em /mnt/gentoo.

  • Continue a partir do handbook oficial do Gentoo – nesse caso, para a arquitetura amd64. No entanto, atenção. Use esse guia para perceber quais etapas de instalação e configuração são diferentes (em relação a se estivéssemos instalando pelo método oficial, a partir do live environment do gentoo), mais especificamente da parte 4 à parte 6.

  • Baixe o PKGBUILD gentoo-mirrorselect do AUR.

  • Use mirrorselect -i -o e então selecione interativamente os mirrors mais próximos da sua localização atual. Copie o valor da variável GENTOO_MIRRORS para o final do seu /mnt/gentoo/etc/portage/make.conf.

  • Copie o seu /etc/resolv.conf para /mnt/gentoo/etc/resolv.conf. Isso é importante para ter conectividade dentro do ambiente de chroot.

  • CFLAGS que recomendo para o /etc/portake/make.conf (helper):

-march=native -O2 -pipe
  • A partir daqui, nada especial, apenas continue seguindo o handbook do gentoo, até a parte do bootloader.

  • Chegando na parte do bootloader, optei por deixar o Arch gerenciá-lo. Nesse caso, basta rodar um típico grub-mkconfig -o /boot/grub/grb.cfg que o Gentoo deverá ser automaticamente detectado (supondo que o pacote os-prober esteja instalado).

  • Configure a rede no Gentoo. Isso é bastante específico, mas o procedimento é bem parecido com a configuração da rede no Arch. A única questão é que, ao dar emerge no wpa_supplicant (no caso de você utilizar Wi-fi), vai demorar bastante até todas as dependências serem instaladas (esse é o ponto principal que me afastou do Gentoo até hoje. Sem pacotes binários, ter que compilar tudo localmente…ao menos, se no final a otimização do sistema for maior, poderia ter valido mais a pena.)

  • Teste o Gentoo durante uma semana e diga o que você achou dele 😉

  • Decida se você gosta mais do Gentoo ou do Arch. Isso vale tanto para o sistema, tanto para a comunidade. Não tenho ideia de como seja a comunidade do Gentoo (a do Arch eu já tinha uma boa noção de como era mesmo antes de ter o sistema instalado).

Valeu pessoal. Como sou 100% newbie no Gentoo, apreciarei quaisquer dicas! (Enquanto as dicas não aparecem, Wiki Pages e Forums Threads me esperam). Sabe, é bom, de vez em quando, ser newbie em alguma coisa. Claro que ser expert / muito bom / hacker em algumas aplicações é ótimo, mas eu acredito na importância de possuir uma boa base de conhecimento em geral (não necessariamente apenas para fins acadêmicos ou financeiros, mas também para satisfazer a mente: desafios são importantes!).

Ah, mais dois comentários:

  • Terminando de escrever esse post e de editá-lo, a compilação dos (130) pacotes que o wpa_supplicant puxou não chegou nem na metade… (eu teria instalado uns três ou quatro Archs automatizados nesse tempo – tá bom, não vale comparar pacotes binários com código-fonte, eu sei)

  • Esse é o meu terceiro ou quarto post utilizando o org2blog (do emacs). Já ficou bastante claro para mim que vou passar a usá-lo de maneira fixa. O único problema é que eu ainda não sei a sintaxe de formatação dele direito, é muita informação. Não é nem que não seja intuitiva, mas já tem LaTeX, BBCode, Markdown, aí eu tenho que aprender mais uma markup language. Mas, provavelmente vou me submeter a isso, o orgmode é sensacional para management em geral.